A DIMENSÃO DA PRESENÇA DOS STAKEHOLDERS NAS EMPRESAS

Por: Laura Beatriz Wermuth e Prof. Me. Jean Marcos da Silva

O plano para empreender e construir uma empresa própria, tende a ser o sonho de muitos já inseridos no mercado de trabalho. Para isso, elabora-se a organização de passos a serem seguidos para alcançar o objetivo, como adquirir um olhar empreendedor, inovador e dedicado. Além de tudo, deve-se pensar no retorno financeiro que esse negócio pode obter. O planejamento financeiro é um dos pontos mais importantes acerca da estruturação de uma instituição.


Assim com a empresa já implantada, a tendência é do próprio proprietário enfraquecer o desenvolvimento da mesma por falta de uma administração inteligente. Essa situação possivelmente acarreta da Teoria dos Stakeholders não ter sido posta em prática e a função-objetivo estar perdida. Para muitos, esta ainda pode ser desconhecida ou não considerada como prioridade, o que desestabiliza seus negócios.


Segundo Robert Edward Freeman (1984), criador do termo “stakeholder”, uma abordagem possível para este problema conceitual de lidar com o ambiente externo e interno da empresa é redesenhar a imagem da mesma, ou seja, estruturar uma nova técnica para reconhecer os pontos negativos e ter uma nova visão do gerenciamento. O envolvimento para com a gestão da entidade em prol de uma evolução, atribuída à Teoria dos Stakeholders abrange todos que afetam e são afetados pela organização, isto é, criar valor para clientes, fornecedores, funcionários, comunidades, investidores, acionistas e bancos, preservando um relacionamento recíproco e de confiança.


Ao aderir a teoria, implanta-se uma descoberta de inúmeras demandas e interesses dos stakeholders, e como a junção destas faz a empresa progredir. Como o professor de administração anteriormente citado, também relata que é necessário o gerente principal analisar e descobrir a melhor forma para levar em consideração todos os tópicos. A falta dessa atenção com os stakeholders e como influenciam esse empreendimento, é a falha de muitos proprietários. Pensar em como atinge os clientes, pensar nos produtos vendidos, em como o cliente irá se beneficiar; refletir que os fornecedores desejam uma parceria inovadora e criativa; entender que os funcionários devem estar felizes trabalhando naquele ambiente, pensar que deve render para estes além de dinheiro igualmente satisfação e que não vão medir esforços para ajudar no desenvolvimento do empreendimento, obter confiança com os ajudantes que estão ali sobretudo para contribuir positivamente; ademais, a lucratividade perante a instituição e os envolvidos com o capital é uma das situações mais importantes de ser ponderada; são estratégias comprovadamente indispensáveis para manter o equilíbrio e o estabelecimento forte no mercado de trabalho e para a sociedade.


Além do descuido relacionado às necessidades dos stakeholders, Phillips, Freeman, & Wicks (2003), argumentam que as premissas defendidas pela teoria de stakeholders vão no sentido de aumentar valor para cada stakeholder sem que haja diminuição para o outro, ou seja, o modelo de gestão da organização deve buscar alternativas para atender os interesses de mais de um stakeholder simultaneamente, possibilitando maior criação de valor. Assim dizendo, amplia-se ao fato de haver prioridade com alguns comparado a outros, uma certa hierarquização. Infelizmente, atender as privações de certos grupos envolvidos mas não disponibilizar a mesma prudência com todos resulta em uma deficiência da empresa em conquistar a comunidade e por conseguinte uma futura decadência.


Muitas corporações que apenas pensam no lucro próprio e interno claramente não podem ser igualadas às que seguem a Teoria dos Stakeholders e concordam com Freeman. Ashmos, Duchon, & McDaniel, (1998). MacDonald, Clarke e Huang (2018) destacam que o envolvimento e participação de stakeholders na tomada de decisão têm sido recomendada para trazer vantagens competitivas às organizações, além dos ganhos processuais pelo envolvimento dos stakeholders e compartilhamento de informações. Por todos esses motivos e muitos outros que na contemporaneidade e futuramente a Teoria dos Stakeholders deve ser mais comentada e mais aplicada nas administrações, pois contribui expressivamente para todos os incluídos e para a instituição.

REFERÊNCIAS


FREEMAN,R.E. Strategic Management: A stakeholder approach. Boston: Pitman, 1984.

STOCKER, Fabricio; MASSENA, Keysa Manuela Cunha de. Orientação e gestão para stakeholders no processo de decisão organizacional. Revista de Gestão e Secretariado, março, 2019

What is Stakeholder Theory? - R. Edward Freeman. Youtube, 2010. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=bIRUaLcvPe8>. Acesso em: 28 de fev. 2021